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Vitoria da Conquista, Bahia, Brazil
Sou o discente Tiago Santos da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, cursando Licenciatura Plena em Geografia. Por meio desta ferramenta, tenho o intuito de compartilhar o tema Geologia para todos os públicos interessados e manter este tema tão importante em evidência, pois ele só é abordado pela mídia quando há um grande terremoto ou fato similar. Quem desejar mais informações ou contato é só enviar um email para tiagosinger9@live.com

Bem vindos

Este blog tem como objetivo abordar e compartilhar o tema Geologia. Atualmente se fala muito em terremotos e tsunamis em vários lugares. Existem teorias que explicam esses fenômemos, mas ainda não se sabe exatamente como prevê-los. Convidamos vocês para compartilhar este tema com bastante interesse e conhecermos mais esta ciência fascinante.


AS VÁRIAS DISCIPLINAS DE ESTUDO DA GEOLOGIA

A CRISTALOGRAFIA

A cristalografia consiste numa ciência que estuda a disposição interatómica da matéria sólida, as suas causas, a sua natureza e as suas consequências. A cristalografia não é somente a ciência que estuda os cristais limitados por faces planas mas também a ciência que estuda o estado cristalino e a disposição atómica em substâncias amorfas, líquidos, gases, assim como a estrutura da matéria viva. Em 1912 foi descoberto que se poderia determinar nos cristais a forma e o tamanho do padrão de repetição dos seus átomos (células unitárias) através da passagem de raios X pela amostra.
A cristalografia encontra-se dividida nos seguintes ramos: cristalografia geométrica (estudo da forma dos cristais), cristalografia química (estudo das relações entre a forma dos cristais e a sua composição química), cristalografia física (relaciona a forma cristalina e as suas propriedades físicas e óticas), cristalografia estrutural (estudo da disposição dos átomos no interior dos cristais.




Fonte: Infopedia




A ESPELEOLOGIA


Sendo uma atividade que se dedica ao estudo das cavernas, a Espeleologia não se resume aos aspectos técnicos da progressão em grutas.

Ao estudar a gênese, a evolução, o meio físico e biológico do mundo subterrâneo, a espeleologia é igualmente uma disciplina técnico-científica que se interliga com ciências como a Geologia, Biologia e Antropologia.

Outras técnicas utilizadas e igualmente importantes são a Fotografia, Topografia e Cartografia, que complementam a atividade do espeleólogo.

Desde tempos imemoriais que o homem se sente atraído pelas cavernas, quer como abrigo temporário ou definitivo quer como local mágico-religioso dedicado ao culto dos deuses ou encantamento de inimigos, quer ainda como antecâmara do inferno ou local de atividades ligadas à magia negra, quer também como um simples local que lhe chama a atenção e desperta a curiosidade, convidando a uma simples olhadela curiosa, a uma visita turística ou a um paciente e aturado trabalho de estudo e investigação científica.

Mais ou menos em todos os locais existem cavidades no solo (naturais ou artificiais) mas é, sobretudo, nas regiões onde existem extensões de rocha calcária que se encontram, verdadeiramente, o que é uso e costume designar-se por cavernas ou, mais popularmente, por grutas, covas, furnas ou algares.


Apesar de em todas as épocas, desde a mais remota antiguidade, haver referências escritas, mais ou menos interpretativas, sobre a existência das cavernas, é só no último quartel do século passado que começa o estudo propriamente dito dos fenômenos que estão na origem, evolução e morte das cavernas, através de um homem (francês de nascimento e formação) que, enfrentando as mais variadas e por vezes rocambolescas e incríveis dificuldades, se "atirou" à exploração e primeiros estudos de caráter científico das cavernas. Esse homem é o famoso e inesquecível Eduard Alfred Martel, verdadeiro pai da Espeleologia moderna que, primeiro em França e depois em outros países, lançou as sementes do que viria a ser o grandioso e útil movimento espeleológico mundial. Seria, todavia, injusto não realçar igualmente a coragem, dedicação e esforço dos continuadores da obra de Martel que com ele vêm construindo e dignificando todo um edifício de saber técnico-científico que dá pelo nome de ESPELEOLOGIA.

O termo ESPELEOLOGIA provém dos vocábulos gregos SPELAION (caverna) e LOGOS (tratado ou estudo). A espeleologia consiste, essencialmente, no tratado ou estudo das cavernas. Como disse B. Géze, um consagrado estudioso das cavernas: "Espeleologia é a disciplina consagrada ao estudo das cavernas, da sua gênese e evolução, do meio físico que representa, do meio biológico atual ou passado, assim como do meio e das técnicas adequadas ao seu estudo".
A Espeleologia e a Ciência

Para que se possa explorar e estudar uma caverna, a Espeleologia teve necessidade de recorrer aos conhecimentos já existentes em outros ramos do conhecimento. Com as técnicas relacionadas com o alpinismo e as de cultura física, além das propriamente espeleológicas, já que é necessário vencer inúmeros e, por vezes, difíceis obstáculos em que só uma boa resistência física, aliada a um bom conhecimento das técnicas existentes, permite ultrapassar. Estão neste caso a descida de poços, a escalada de chaminés e paredes ou a progressão em passagens estreitas, como exemplos.


Do aspecto científico, imensamente vasto e complexo, destacam-se o agregado das ciências geológicas (Geologia, Hidrologia, Tectónica, Morfologia - superficial e subterrânea, Paleontologia, etc), a Biologia, a Arqueologia, as técnicas da Topografia, a Fotografia, o Cinema, entre muitas outras.

A Espeleologia não é uma atividade "esquisita", mas sim uma atividade técnico-científica como muitas outras, onde há bons e maus executantes e onde todos os indivíduos podem participar sem quaisquer problemas desde que a encarem com a devida seriedade, respeito e conhecimento técnico que ela merece e requer.
História da Espeleologia

A história da Espeleologia é tão antiga como o próprio homem, já que as cavernas, foram em tempos pré-históricos, o abrigo que o protegia das intempéries e dos animais selvagens. Os achados mais antigos da presença do homem nas cavernas datam de 450 mil anos atrás, e foram deixados pelo Homem de Tautavel, o mais antigo povoador europeu. Com a evolução, este primata dá origem ao Homem do Paleolítico Superior, muito mais avançado que o anterior. É neste periodo (350.000 A.C. - 10.000 A.C.) que surgem as primeiras pinturas rupestres, fruto do ócio e do instinto artístico, ilustrando principalmente cenas domésticas e de caça. Com o fim das eras glaciares, o homem abandona as grutas e instala-se nos campos. As cavernas passam a servir de armazéns, lugares de culto ou túmulos funerários.


Na idade média dá-se uma regressão de mentalidades, passando as cavidades a serem consideradas lugares do demônio e onde se escondem os leprosos e os doentes da peste. A Espeleologia passa por anos negros.

A pouco e pouco as cavernas começam novamente a ser alvo de visitas e explorações, sendo alvo de estudos científicos a partir da segunda metade do séc. XIX.

Algumas cavernas passaram a ser exploradas na busca do salitre para a fabricação de pólvora, outras na busca pela água, refúgio de animais de criação etc. Mas foi somente no início do século XX que o homem passou a tratar das cavernas como uma ciência. Neste contexto, cabe ao francês E. A Martel o título de "pai da espeleologia". Seus trabalhos sobre as cavernas abriram um novo caminho para os pesquisadores e aventureiros do passado. Com ele surgiram outros pesquisadores que trataram de áreas específicas da espeleologia, como a bioespeleologia (Jeannel e Racovitza), a geoespeleologia e as técnicas de exploração (Norbert Casteret e Robert de Jolly).

No Brasil, os primeiros trabalhos surgiram em 1835, com as pesquisas do naturalista dinamarquês Peter Wilhelm Lund, na região de Lagoa Santa e Curvelo. Seus trabalhos tinham objetivos predominantemente voltados para a paleontologia, contudo suas descrições e mapas das cavernas permitem atribuir um caráter espeleológico às atividades de Lund.

Da mesma forma, o alemão Ricardo Krone realizou seus levantamentos nas grutas do sul de São Paulo, entre os anos de 1895 e 1906. Coube a ele o primeiro cadastro espeleológico brasileiro, sendo registradas 41 grutas.


Nos últimos trinta anos, a Espeleologia se transforma numa atividade de grupo, desenvolvendo igualmente a sua vertente científica. Hoje, com o aperfeiçoamento dos materiais, um pequeno grupo pode transportar tudo o que necessita para uma exploração segura e prolongada, o que não impede o mundo subterrâneo de continuar a manter muitos mistérios por desvendar.



A GEOMORFOLOGIA

Geomorfologia corresponde a uma ciência que tem como objeto de estudo as irregularidades da superfície terrestre, ou simplesmente, as diversas formas do relevo. Seu profissional é chamado de geomorfologista. Essa ciência tem ainda a incumbência de estudar todos os fenômenos que ocorrem e que interferem diretamente na formação do relevo. Sua responsabilidade é disponibilizar informações para as causas da ocorrência de um determinado tipo de relevo, levando em consideração os agentes (internos e externos) modeladores do relevo.

Para conceber tais informações, é preciso então analisar a interação entre a atmosfera, biosfera e a hidrosfera, tendo em vista que esses elementos interferem na formação de um relevo.

O estudo do relevo é importante para sabermos quais são os lugares propícios à construção de casas, prédios, fábricas, estradas, aeroportos, pontes, plantações, pastagens e muitos outros casos. Em suma, é no relevo que acontecem todas as relações sociais, e por isso requer uma atenção especial sobre o mesmo.

O homem, através do trabalho físico e intelectual, tem transformado o espaço geográfico mundial ao longo da história, alterando drasticamente o conjunto de paisagens dispersas pelo planeta. Desse modo, o relevo, que é um dos mais notados elementos da paisagem, também é extremamente transformado. Um exemplo disso é a ocupação dos morros da cidade do Rio de Janeiro, onde a vegetação foi substituída por moradias precárias. O homem também constrói estradas em relevos acidentados, cava túneis, retira morros, se necessário, ou até mesmo aterrara lugares de depressão; tudo para atender seu interesse.


O estudo do relevo pode prevenir um determinado local de uma série de problemas provenientes das ações antrópicas (provocadas pelo homem). A geomorfologia pode contribuir para diminuir os impactos ambientais, um exemplo claro é a construção de hidrelétricas e obras públicas (estradas, túneis etc.), pois nesses casos é necessário ter conhecimento da declividade e espessura do solo.

Por Eduardo de Freitas

A GEOFÍSICA


Geofísica é o estudo da Terra usando medidas físicas tomadas na sua superfície. Nem sempre é fácil estabelecer uma fronteira entre Geologia e Geofísica. A diferença fica, primariamente, no tipo de dados com os quais se manipula.
A Geologia envolve o estudo da Terra através de observações diretas de rochas que estão expostas na superfície ou de amostras retiradas de poços perfurados com esta finalidade e a conseqüente dedução de sua estrutura, composição e história geológica pela análise de tais observações.
A Geofísica, por outro lado, envolve o estudo daquelas partes profundas da Terra que não podemos ver através de observações diretas, medindo suas propriedades físicas com instrumentos sofisticados e apropriados, geralmente colocados na superfície. Também inclui a interpretação dessas medidas para se obter informações úteis sobre a estrutura e sobre a composição daquelas zonas inacessíveis de grandes profundidades.
A distinção entre estas duas linhas de ciências da Terra não é muito bem percebida. Perfis de Poços, por exemplo, são largamente usados em estudos geológicos, embora eles apresentem resultados meramente obtidos em observações instrumentais. O termo "Geofísica de Poço" geralmente é usado para designar tais medições.
De uma maneira geral, a Geofísica fornece as ferramentas para o estudo da estrutura e composição do interior da Terra. Quase tudo o que conhecemos sobre a Terra, abaixo de limitadas profundidades que os poços e as minas subterrâneas atingem, provém de observações geofísicas. A existência e as propriedades da crosta terrestre, do manto e do núcleo foram basicamente determinadas através de observações das ondas sísmicas geradas por terremotos (figura ao lado), assim como por medições das propriedades gravitacionais, magnéticas e térmicas da Terra.
Muitas das ferramentas e técnicas desenvolvidas para tais estudos têm sido usadas na exploração de hidrocarbonetos e de minérios. Ao mesmo tempo, os métodos geofísicos usados nas aplicações de prospecção têm sido aplicados em pesquisas mais acadêmicas sobre a natureza do interior da Terra.

Fonte: SBGF